quinta-feira, 17 de maio de 2012

O MICROSCÓPIO


            O microscópio é um instrumento que possui lentes especiais destinadas a ampliar a visualização de um determinado objeto de tamanho reduzido que dificilmente seria possível à observação a olho nu. Geralmente é composto por duas lentes, sendo que esse é bastante difundido em laboratórios biológicos e também escolares. A capacidade de ampliação varia de duas a cem vezes a forma real do objeto em observação. Em 1590 Hans Janssen inventa o primeiro microscópio, que inicialmente possuía apenas uma lente. Algum tempo após a invenção, Antony van Leeuwenhoek, fazendo observações no aparelho, constatou a presença dos glóbulos vermelhos no sangue, um avanço para a biologia celular.  O nome microscópio (mikrós, pequeno, e skoppéoo, observar, ver através de). Abaixo você poderá conhecer alguns tipos de microscópios existentes.

Microscópio utilizado por Anton van Leewenhoek


Microscópio utilizado por Robert Hooke para observar células da cortiça

Microscópio Óptico (Luz)
           É um instrumento usado para ampliar, com uma série de lentes, estruturas pequenas impossíveis de visualizar a olho nu. É constituído por um componente mecânico que suporta e permite controlar um componente óptico que amplia as imagens. No microscópio ótico, a luz que chega aos nossos olhos para formar a imagem, atravessa primeiro o objeto em estudo. Por isto, o material a ser observado não pode ser opaco.

Microscópio óptico (de luz)

Resolução Microscópio óptico (de luz)

Microscópio de Fluorescência Comum
            Certas substancia gozam da propriedade de emitir luz quando excitadas por radiações de certos comprimentos de ondas (normalmente ultravioleta), podendo combinar-se a certas substancias presentes nas células permitindo a localização de determinadas estruturas. A aplicação destas substancias como corantes estão hoje, estão fortemente ligados com métodos imunocitoquimicos, os quais permitem localizar e quantificar o caminho percorrido de moléculas específicas dentro do tecido em questão. A técnica usa agentes químicos que emitem luz visível que pode ser verde, laranjada ou vermelho. Uma vantagem da microscopia de fluorescência é que podem ser aplicados a células vivas para se determinar a concentração intracelular de íons de Ca+ e H+ podendo ser utilizado como forma de monitoria do pH de células vivas.

Microscópio de Fluorescência

Resolução Microscópio de Fluorescência

Microscópio de Fluorescência Confocal
            No microscópio confocal, a iluminação é feita por um feixe delgado de raios laser, que varre o corte iluminado, ponto por ponto, em determinado ponto da célula, realizando um verdadeiro “corte óptico”. Geralmente, as células são submetidas a um composto fluorescente e a luz emitida é processada num computador, que envia sinais para formação da imagem na tela de um monitor de vídeo.


Microscopia Confocal

Resolução Microscopia Confocal

Microscópio de Contraste de Fase e Interferência de Nomarski

            O método do contraste de fase é muito bem aplicado na visualização de características estruturais muito sutis e células únicas contidas em espécimes muito finos (< 5 µm) e não coloridos, que são muito pobres em contraste.


Microscópio de Contraste de Fase e Interferência de Nomarski

Imagem com contraste de fase de uma célula cultivada do cérebro de um rato

Microscópio óptico de polarização
            É utilizado na observação de materiais que sejam birrefringentes (estruturas anisotrópicas, com índices diferentes de refração como músculo, ossos, celulose, fibras, cabelos, cristais, etc.). O microscópio de polarização possui dois prismas: um polarizador e outro analisador. A luz ao penetrar em estruturas como as citadas se desdobram em duas. As estruturas birrefringentes (anisotrópicas) produzirão um tipo de vibração luminosa que passará, ficando brilhante. Somente as estruturas birrefringentes aparecerão brilhantes, ficando o restante do material escuro.

              Microscópio óptico de polarização

Resolução Microscópio óptico de polarização

Microscópio Confocal Laser
            Possui uma série de peculiaridades que prime observar material espesso, sem corar, vivo ou não, pois focaliza diferentes planos focais, obtendo-se cortes ópticos. Ele trabalha, geralmente, com o mesmo tipo de sistema óptico usado pela florescência convencional, com a diferença que neste, todo o campo fica iluminado enquanto que no LSM, o sistema óptico focaliza somente um ponto em determinada profundidade no espécimen. Uma fonte luminosa bastante forte e brilhante é requerida e desse modo usa-se o laser.

Microscópio láser confocal LSM 700

A luz laser difere da luz comum, pois seu espectro de cores é mais reduzido e suas ondas luminosas oscilam todas em forma sincrônica.

Microscópio Eletrônico de Transmissão
            Um microscópio eletrônico de transmissão (MET) é uma técnica de microscopia na qual um feixe de elétrons é emitido em direção a uma amostra ultra fina, interagindo com a amostra enquanto a atravessa. A interação dos elétrons transmitidos através da amostra forma uma imagem que é ampliada e focada em um dispositivo de imagem, como uma tela fluorescente em uma camada de filme fotográfico, ou detectada por um sensor como uma câmera CCD. Um MET é capaz de exibir imagens a uma resolução significativamente maior em comparação com os microscópios óticos devido ao pequeno comprimento de onda dos elétrons.

O primeiro MET, originalmente instalado no I.G. Farben-Werke e agora em exposição no Deutsches Museum em Munique, Alemanha.

Uma imagem obtida a partir do MET. O vírus da poliomelite mede 30 nm.


            O aperfeiçoamento dos microscópios determinou um aumento no volume de obras sobre investigações, usando os recursos da microscopia, e gradativamente, o homem foi desvendando os mistérios das células. Com base nesse estudo microscópios são equipamentos fundamentais em pesquisas microbiológicas desenvolvendo um grande papel. Com grande capacidade de aumento dependendo seu tipo e lentes usadas. Cada um tem uma função de grande importância fazendo com seu funcionamento seja de grande eficácia.

Referências:

Trabalho feito pelos alunos(as):

Cláudio Henrique
Lara Monique
Mariele Sousa
Paulo Moura
Rosiléia Silva

Professor: Carlos Eduardo Estêves de Paula

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